House on the Bench / Sturgess Architecture

Naramata, Canadá
  • Arquitetos: Sturgess Architecture; Sturgess Architecture
  • Área Área deste projeto de arquitetura Área:  252
  • Ano Ano de conclusão deste projeto de arquitetura Ano:  2017
  • Fotógrafo
    Fotografias:Ema Peter
  • Engenharia Estrutural: Glotman Simpson
  • Construtora: Ritchie Custom Homes
  • Cidade: Naramata
  • País: Canadá
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© Ema Peter

Descrição enviada pela equipe de projeto. A House on the Bench é a terceira de uma série de casas projetadas para um mesmo cliente, quem nos contratou para ajudá-lo a encontrar o lugar perfeito para construir uma casa de final de semana em Naramata Bench, no Canadá. Localizada na Columbia Britânica, Naramata Bench é uma famosa região produtora de vinhos, um lugar cercado por uma natureza deslumbrante. Depois de visitar vários lotes relativamente convencionais, nos foi apresentado um terreno subvalorizado, principalmente devido à complexidade de sua topografia. A propriedade de aproximadamente um hectare, estava negligenciada pelos vendedores que sequer poderiam imaginar que alguém um dia decidisse comprá-la. A parcela conta com duas porções separadas: a parte superior, de pouca inclinação, foi transformada em um vinhedo. A outra, caracterizada por uma inclinação acentuada, desemboca no riacho Naramata que corre pelo fundo do vale que atravessa a região. Aproveitando-se desta situação peculiar, o volume da casa se projeta sobre o barranco, tirando proveito das melhores vistas que se pode ter desde Naramata Bench para o lago Okanagan, um pouco mais à frente no sentido oeste.

© Ema Peter

A estonteante paisagem natural definiu a estratégia conceitual que utilizamos para abordar este projeto. Considerado um terreno inviável, esta parcela ocultava um grandíssimo potencial e uma oportunidade para criar um projeto pouco convencional, um retiro de final de semana com belas vistas para o lago Okanagan. Embora a parcela de pouca inclinação pudesse ter parecido ideal em um primeiro momento para a implantação da casa, isso faria com que sobrasse pouca terra cultivável para a produção das uvas, um desperdício em uma região tão procurada pela sua fertilidade e condições ideais para a produção de vinho.

Deste maneira, a House on the Bench libera a maior quantidade de solo disponível para o plantio das parreiras, ancorando-se na borda da encosta, projetando-se sobre o desnível acentuado e estabelecendo um espaço resguardado, um retiro de final de semana perfeito e de frente para o lago Okanagam. Esta estratégia faz um uso extremamente inteligente do terreno, explorando as melhores vistas enquanto preserva a terra produtiva. A opção pela construção da casa em estrutura de aço, um material muito pouco utilizado por estes fins no Canadá, proporciona uma condição de exclusividade, contrastando delicadamente em seu contexto específico. O volume longitudinal da casa parece se apoiar delicadamente entre o barranco que desemboca no riacho e a terra cultivada, efetivamente preenchendo a lacuna entre estes dois extremos. Na colina a leste, as vinhas foram plantadas na orientação norte / sul, maximizando a sua exposição ao sol. A implantação da casa, por sua vez, segue a o alinhamento das parreiras, aproveitando ao máximo as condições de iluminação natural além de aproveitar das melhores vistas para o lago.

Planta - Pavimento superior

À medida que a inclinação vai fincando mais intensa, um platô foi criado para estabelecer um jardim acessível - apenas relocando parte do volume de terra do próprio terreno. A partir da rua, o muro de arrimo marca o limite entre o espaço público e privado, enquanto o quarto de hóspedes se projeta sobre o vazio como sinal de boas vindas aos visitantes. Atravessando esta parede, chegamos ao espaço social da casa, uma enorme sala emoldurada pela vista panorâmica que vai da plantação de uvas de um lado, até a presença do lago Okanagam no outro extremo.

© Ema Peter

Junto ao quarto de hóspedes, a garagem encontra-se separada da casa principal, conectando-se a ela através de um corredor coberto para onde os espaços interiores podem se expandir durante os dias mais quentes de verão. Este percurso perimetral funciona como uma sequência de espaços que vão revelando aos poucos as vistas para o lago, a mata e as vinhas logo ao lado da casa. A fachada para onde se abrem os espaços íntimos vai afunilando à medida que o volume avança em direção norte, culminando na suíte principal, a qual se abre completamente para a varanda em balanço que se projeta sobre a encosta no outro extremo do terreno.

© Ema Peter

Interiormente, a única perturbação neste espaço continuo e integrado, é a caixa preta que abriga os espaços mais privados da casa, como o banheiro principal e as áreas técnicas. Como uma extensão de seu contexto natural, a casa parece brotar do solo, e através de sua materialidade, integra-se perfeitamente à ele. O volume longitudinal da casa está ancorada neste murro maciço que aponta em direção as vinhas, enquanto a materialidade do concreto evoca as camadas sedimentares do solo que se expõe a medida que aumenta a inclinação do terreno em direção ao riacho.

© Ema Peter

Galeria do Projeto

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Sobre este escritório
Cita: "House on the Bench / Sturgess Architecture" [House on the Bench / Sturgess Architecture] 16 Dez 2019. ArchDaily Brasil. Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/930176/house-on-the-bench-sturgess-architecture> ISSN 0719-8906

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